“As condutas dos requeridos causaram um dano não só às famílias dos servidores assassinados, mas também à Previdência”, escreveu o juiz André Dias Irigon. “Bem como à União, que pagou valores indenizatórios, antecipando-se às ações a serem movidas pelas famílias contra o próprio Estado, pedindo reparação dos danos”, acrescentou.
O UOL não conseguiu localizar a defesa dos réus. O espaço segue aberto para manifestação.
O crime
Morte ocorreu durante ação fiscal. Os auditores fiscais do trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira realizavam uma fiscalização rural de rotina em fazendas de feijão quando foram atacados em 28 de janeiro de 2004.
O motorista Oliveira, mesmo baleado, conseguiu fugir do local com o carro e foi socorrido. Levado até o Hospital de Base de Brasília, não resistiu e faleceu. Antes de morrer, descreveu uma emboscada: um automóvel parou o carro da equipe e homens fortemente armados desceram e cometeram um massacre. Os auditores fiscais morreram na hora.
O ex-prefeito Antério e o irmão Norberto Mânica foram apontados pela PF como os mandantes seis meses depois. Os pistoleiros foram identificados como Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rogério Alan Rocha Rios e William Gomes de Miranda.